Diagnósticos de enfermagem de pessoas com estomas intestinais: contribuições para o autocuidado na perspectiva de Orem
DOI:
10.24276/rrecien2021.11.35.297-308Palavras-chave:
Autocuidado de Orem, Diagnóstico de Enfermagem, EstomiaResumo
Determinar os diagnósticos de enfermagem em pacientes com estomias intestinais, a partir de julgamento clínico de enfermagem fundamentado na Teoria do Déficit de autocuidado de Orem. Estudo transversal, de natureza exploratório-descritiva, tendo como fonte de informação a pesquisa de campo, com abordagem qualitativa. A amostra deste estudo foi composta por 32 pacientes estomizados, de ambos os sexos, com idade entre 61 a 91 anos. O julgamento clínico dos problemas reais e potenciais desses indivíduos, partir da Teoria de Orem, conduziu ao estabelecimento de quatro diferentes diagnósticos de enfermagem, a saber: Distúrbio na imagem corporal em virtude do tratamento da doença caracterizada por sentimentos negativos em relação ao corpo; Conhecimento deficiente relacionado à falta de familiaridade com os recursos de informação, caracterizado por verbalização do problema; Disposição para controle da saúde melhorado caracterizado por expressar desejo de melhorar escolhas da vida cotidiana para alcançar metas; e Risco de baixa autoestima situacional relacionado à alteração na imagem corporal. Para orientar o paciente estomizado, torna-se fundamental entender os seus hábitos, suas percepções e atitudes em relação aos outros, os sentimentos e as emoções demonstrados nas mais diversas situações, para assim estabelecer os diagnósticos de enfermagem.
Downloads
Referências
Vitor AF, Lopes MVO, Araujo TL. Teoria do déficit do autocuidado: análise da sua importância e aplicabilidade na prática de enfermagem. Esc Anna Nery. 2010; 14(3):611-16.
Pina QPJ, Santos VTS, Almeida FAJ. Autocuidado: o contributo teórico de Orem para a disciplina e profissão de Enfermagem. Rev Enferm Ref. 2014; 4(3):157-64.
Orem DE. Nursing: concepts of pratice. 6 ed. Sant Louis: Mosby. 2001.
Oliveira RAN, Oliveira PG, Santos ACN, Sousa JB. Morbidade e mortalidade associadas ao fechamento de colostomias e ileostomias em alça acessadas pelo estoma intestinal. Rev Col Bras Cir. 2012; 39(5):389-93.
Leite MS, Aguiar LC. Diagnósticos de enfermagem em pacientes submetidos à colostomia. Enferm Foco. 2017; 8(2):72-6.
Coelho AR, Santos FS, Dal Poggetto MT. A estomia mudando a vida: enfrentar para viver. REME Rev. Min. Enferm. 2013; 17(2):22-31.
Ribeiro WA, Andrade M. Perspectiva do paciente estomizado intestinal frente a implementação do autocuidado. Rev Pró-UniverSUS. 2020; 11(1):6-10.
Nascimento CMS, Trindade GLB, Luz MHBA, Santiago RF. Vivência do paciente estomizado: uma contribuição para a assistência de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2011; 20(3):557-64.
Mareco APM, Pina SM, Farias FC, Name KPO. A importância do enfermeiro na assistência de pacientes com estomias intestinais. ReBIS. 2019; 1(2):19-23
Mola R, Dias ML, Costa JF, Fernandes FECV, Lira GG. Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a sistematização da assistência de enfermagem. Rev Pesqui Cuid Fundam. 2019; 11(4):887-93.
Souza NR, Costa BMB, Carneiro DCF, Silva H, Barbosa C, Santos ICRV. Sistematização da assistência de enfermagem: dificuldades referidas por enfermeiros de um hospital universitário. Rev Enferm UFPE. 2015; 9(3):7104-10.
Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020. 11 ed. Porto Alegre: Artmed. 2018.
Luz ALA, Silva GRF, Luz MHB. Teoria de Dorothea Orem: uma análise da sua aplicabilidade na assistência a pacientes estomizados. Rev Enferm UFPI. 2013; 2(1):67-70.
Bardin L. Análise de conteúdo. 11ed. Lisboa: Edições 70. 2011.
Jesus BP, Aguiar FAS, Rocha FC, Cruz IB, Andrade Neto GRA, Rios BRM et al. Colostomia e autocuidado: significados por pacientes estomizados. Rev Enferm UFPE. 2019; 13(1):105-10.
Silva JC, Soares MC, Alves HS, Garcia GS. Percepção de vida dos ostomizados no âmbito social. Rev Univ Vale Rio Verde 2014; 12(1):346-55.
Lima RO, Lima FB, Kuneck EFV. A qualidade de vida de usuários estomizados atendido na rede pública de Santa Maria/RS. Rev Prevenção Infecção Saúde. 2015; 1(4):35-41.
Souza PCM, Costa VRM, Maruyama SAT, Costa ALRC, Rodrigues AEC, Navarro JP. As repercussões de viver com uma colostomia temporária nos corpos: individual, social e político. Rev Eletr Enferm. 2011; 13(1):50-9.
Sousa ML, Aguiar LC. Diagnósticos de Enfermagem em pacientes submetidos a colostomia. Enferm Foco. 2017; 8(2):72-6.
Meneguessi GM, Teixeira JPDS, Jesus CAC, Pinho DLM, Kamada I, Reis PED. Reabilitação na lesão medular: reflexão sobre aplicabilidade da teoria do déficit do autocuidado de Orem. Rev Enferm UFPE. 2012; 6(12):3006-12.
Carvalho CMG, Cubas MR, Nóbrega MML. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem no cuidado às pessoas com estomia de eliminação intestinal. ESTIMA, Braz J Enterostomal Ther. 2018; 16:1-7.
Aguiar JC, Pereira APS, Galisteu KJ, Lourenção LG, Pinto MH. Aspectos sociodemográficos e clínicos de estomizados intestinais provisórios. REME - Rev Min Enferm. 2017; 21:1-7.
George JB. Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional. In: Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional. Porto Alegre: Artes Médicas. 1993.
Simon BS, Schimith MD, Silveira CL, Budó MLD, Silva MEN, Garcia RC. Configuração da rede de assistência às pessoas com estomia: interface do cuidado continuado. J Nurs Health. 2014; 4(1):65-76.
Pires AF, Santos BN, Santos PN, Brasil VR, Luna AA. A importância da teoria do autocuidado de Dorothea E. Orem no cuidado de enfermagem. Rev Rede Cuid Saúde. 2015; 9(2):1-4.
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0