Vulnerabilidades em saúde vivenciadas por mulheres privadas de liberdade

Autores

  • Aliciane Sobreira Lima aliciane.sobreira@hotmail.com
    URCA
  • João Paulo Xavier Silva jpxavier.enf@gmail.com
    URCA
  • Vinícius Rodrigues de Oliveira viniciusrodriguesvro@gmail.com
    URCA
  • Ingrid Mikaela Moreira de Oliveira ingrid_lattes@hotmail.com
    URCA
  • Joab Gomes da Silva Sousa joab69016@gmail.com
    URCA
  • Danielly Pereira de Lima danielly.enf2014@bol.com.br
    UNIVS

DOI:

10.24276/rrecien2021.11.36.515-524

Palavras-chave:

Vulnerabilidade em Saúde, Saúde da Mulher, Prisões

Resumo

O objetivo deste estudo é elucidar as vulnerabilidades em saúde vivenciadas por mulheres privadas de liberdade. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e natureza descritiva-exploratória, realizada com 13 mulheres privadas de liberdade. As informações foram obtidas através de entrevista semiestruturada e os dados submetidos à análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que as participantes vivenciam inúmeras vulnerabilidades em saúde com ênfase na atenção ginecológica, que aliada a outras condições potencializam ou disparam quadros de adoecimento. Também se identificou que o acesso a serviços de saúde na unidade prisional é fragilizado, fazendo com que o atendimento seja prestado nas instituições de saúde usuais do município. Nota-se que o sistema penitenciário possui diversas fragilidades no cumprimento das proposições do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, o que agrava a manutenção da saúde feminina, desconsiderando as suas necessidades específicas e agravando suas vulnerabilidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aliciane Sobreira Lima, URCA

Enfermeira pela Universidade Regional do Cariri - URCA.  Especializanda no Curso Impactos da Violência na Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, Iguatu, Ceará, Brasil.

João Paulo Xavier Silva, URCA

Enfermeiro Mestre. Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri - URCA, Iguatu, Ceará, Brasil.

Vinícius Rodrigues de Oliveira, URCA

Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri - URCA, Iguatu, Ceará, Brasil.

Ingrid Mikaela Moreira de Oliveira, URCA

Enfermeira Mestre pela Universidade Regional do Cariri - URCA.  Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará - UECE, Fortaleza, Ceará, Brasil.

Joab Gomes da Silva Sousa, URCA

Enfermeiro Mestrando em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri - URCA, Crato, Ceará, Brasil.

Danielly Pereira de Lima, UNIVS

Enfermeira pelo Centro Universitário Vale do Salgado - UNIVS. Especialista em Enfermagem no Programa Saúde da Família pela Faculdade Roraimense de Ensino Superior - FARES, Iguatu, Ceará, Brasil.

Referências

Moreira MA, Souza HS. Vivências de mulheres aprisionadas acerca das ações de saúde prestadas no sistema penitenciário. Mundo Saúde. 2014; 38(2):219-227.

Santos DSS, Bispo TCF, Meneses EJS. Mulheres encarceradas com soropositividade para HIV: percepção sobre a adesão ao tratamento. Rev Bras Saúde Func. 2017; 1(1):22-34.

Néia PC. A realidade da mulher no sistema prisional brasileiro. São Paulo. Monografia [Graduação em Direito] - Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente. 2015.

Carmo ME, Guizardi FL. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cad Saúde Pública. 2018, 34(3):e00101417.

Audi CAF, Santiago MF, Andrade MGG, Francisco PMSB. Inquérito sobre condições de saúde de mulheres encarceradas. Saúde Debate. 2016; 40(109):112-124.

Santos MV, Alves VH, Pereira A V, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV. A saúde física de mulheres privadas de liberdade em uma penitenciária do estado do Rio de Janeiro. Esc Anna Nery. 2017; 28(2):1-7.

Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Qual Health Care. 2007; 9(6):349-57.

Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70 LDA. 2016.

Rangel FM, Bicalho PPG. Superlotação das prisões brasileiras: Operador político da racionalidade contemporânea. Estud Psicol. 2017; 21(4):415-423.

Bezerra IMP, Sorpreso, ICE. Conceitos de saúde e movimentos de promoção da saúde em busca da reorientação de práticas. J Hum Growth Dev. 2016; 26(1):11-16.

Organização Mundial de Saúde. Saúde não é só a ausência de doenças. 2016. Disponível em: <http://www.dermus.com.br/noticias/novidades/salde-nao-e-so-a-ausencia-de-doencas-diz-oms/>. Acesso em 20 jul 2020.

Santos MV, Alves VH, Pereira AV, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV. A saúde física de mulheres privadas de liberdade em uma penitenciária do estado do Rio de Janeiro. Esc Anna Nery. 2017; 21(2): e20170033.

Silveira SFS. Perfil sociodemográfico e achados citológicos no colo do útero da população feminina privada de liberdade do estado de São Paulo. São Paulo. Dissertação [Mestrado em Ciências da Saúde] - Programa de Pós Graduação da Fundação Pio XII. 2016.

Cordeiro EL, Silva TM, Rodrigues SLS, Araújo PCE, Barros PF, Mendes SC. Perfil epidemiológico dos detentos: patologias notificáveis. Av enferm. 2018; 36(2):170-178.

Ministério da Saúde (BR). Tuberculose: populações vulneráveis. 2016. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/saude-de-a z/tuberculose/populacoesvulneraveis>.

Fonseca EA, Santos MB. A saúde da mulher privada de liberdade. Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - Emescam. Vitória. 2016.

Brasil. Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União. 2018. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm>. Acesso em 22 jul 2020.

Fochi MCS, Higa R., Camisão AR, Turato ER, Lopes MHBM. Vivências de gestantes em situação de prisão. Rev Eletr Enf. 2017; 19:1-10.

Ribeiro IAP, Alves SM, Marques LL, Araújo MFF, Carvalho VMC, Alves SM, et al. Tratamento farmacológico e não farmacológico de idosos com hipertensão arterial: adesão às terapias propostas. Rev Uningá. 2017; 54(1):8-19.

Zardeto-Sabec G, Jesus RA, Quemel FS, Guillen FO, Gomes M. Atenção farmacêutica aos paciente com hipertensão arterial. Biosalus. 2019; 4(1):1-17.

Santos MV, Alves VH, Pereira AV, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV. Acesso aos Serviços de Saúde: o que dizem as mulheres privadas de liberdade? Enferm atual. 2018; 96(1).

Willemann JR, Burci LM. Os malefícios do uso do cigarro e seu impacto na sociedade. Rev Gest Saúde. 2014; 11:28-34.

Bocaleti JMR, Oliveira DGP. Superlotação e o sistema penitenciário brasileiro: é possível ressocializar? Rev Estudos Jurídicos. 2017; 27(1):205-217.

Moreira LM. Política de Saúde e a População Carcerária: um estudo no Presídio Estadual Metropolitano I - Pem I - Marituba-Pará. Belém. Dissertação [Mestrado em Serviço Social] - Universidade Federal do Pará. 2012.

Ferraz E. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde no Sistema Prisional: uma experiência em Serviço Social na Perspectiva da Reintegração Social. Porto Alegre. Monografia [Graduação em Serviço Social - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2015.

Publicado

22-12-2021
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

SOBREIRA LIMA, A. .; XAVIER SILVA, J. P. .; RODRIGUES DE OLIVEIRA, V. .; MOREIRA DE OLIVEIRA, I. M. .; SILVA SOUSA, J. G. da .; PEREIRA DE LIMA, D. . Vulnerabilidades em saúde vivenciadas por mulheres privadas de liberdade. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 11, n. 36, p. 515–524, 2021. DOI: 10.24276/rrecien2021.11.36.515-524. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/536. Acesso em: 14 jan. 2025.

Edição

Seção

Artigos